10 de jan. de 2010

diálogos familiares dentro do carro

Eu e meu pai no carro. Ele dirigindo. A música tocando. Surgem os diálogos.

- Naná, acho que tu deverias escrever uma crônica no teu blog sobre o que o teu pai levaria para uma ilha deserta.
- Hmm... o que tu levarias, pai?
- Apenas três coisas: fita isolante, um pote de cola de silicone e um canivete.
- Ah, tu iria viver tipo um MacGyver, um náufrago, sei lá?
- É. Daí, se eu não conseguisse fazer nada com o silicone e a fita isolante, eu cortaria os pulsos com o canivete! (risos)
- ... Olha, acho que isso não daria exatamente uma crônica. Talvez um pequeno diálogo aleatório.
- Tá, pode ser.

Um tempo depois...

- Pai, olhei esss dias o clipe do November Rain, do Guns.
- Ah, é o melhor que tem.
- É, é bom, Mas eu tenho algumas observações. Tá, tem o casamento e tudo. E em seguida a mocinha morre. Fica mais ou menos entendido do que ela morreu?
- Ahh, acho que não fica explícito. Acho que ela morreu de certo durante uma november rain!
- Mas não no casamento, né? Porque na festa do casamento chove e tals...
- Não! Acho que ela não morre no casamento não.
- Hm. E que sacanagem, né? O Slash na verdade era o amante da noiva, ou no mínimo nutria alguma paixão por ela. E ainda vai no casamento, coitado!
- Mas o Slah não era o amante! Ele até entrega as alianças!
- Ahh, pai, claro que ele era. Depois que ele entrega as alianças, ele sai ensandecido da igreja e faz todo aquele solo com a camisa aberta. Obviamente, era o lamento de um coração partido.
- Ora, se tu diz...
- Sim, era sim.

Porque as conversas mais espirituosas não tem hora nem lugar para acontecer.

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