7 de abr. de 2014

Problemas com o despertador

Tem acontecido com cada vez mais frequência: o despertador toca de manhã cedo e eu não me dou conta que é o celular que está apitando com aquele barulho horrível. E ele segue tocando e tocando e tocando e tocando, enquanto o som sempre é incorporado ao que eu estou sonhando no momento.

Geralmente no sonho eu:
a) Fico super indignada com o alarme de um carro que não para nunca;
b) Acho que é um caminhão de bombeiros que vem vindo;
c) Estou andando pela rua e fico olhando para todos os lados, em busca do som misterioso;
d) Pergunto para as pessoas que estão por perto no sonho “gente, que barulho é esse?”.

Minha cabeça fica criando mil ilusões, enquanto o certo seria acordar e desligar o aparelho – ou ao menos colocar no soneca, para mais uns 5 ou 35 minutos de repouso complementar.



É como no inverno, quando sinto frio no meio da noite e SONHO que levantei para pegar um cobertor, quando na realidade eu continuei deitada e, claro, congelando.

E o pior é que não é nem uma música que toca. É aquele PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ de despertador mesmo, que fica tocando uns bons 10 minutos antes de desativar essa merda. Na verdade eu até costumava colocar músicas para despertar, mas daí não podia ouvir elas fora do contexto de acordar – me dava uma tristeza no coração. Sério, sair da cama é, talvez, uma das partes mais traumatizantes de um dia. O relacionamento que temos com nossos travesseiros é mais sincero e verdadeiro que muito namoro que já vi por aí. E então quando aquela música tocava, AFF, o horror o horror.

Outras situações costumam acontecer.
a) Eu pego o celular no lado da cama e fico olhando para ele, sem entender o que se passa. PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ.
b) Eu acordo com a mão dormente e simplesmente não consigo deslizar os dedos no visor para desativar o despertador. PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ

Ou, o que aconteceu hoje: eu desligo o despertador como se nada estivesse acontecendo, volto a dormir e acordo completamente atrasada para ir trabalhar.


Preciso seriamente de uma cura pra isso. Aliás, acontece com vocês também? 

1 de abr. de 2014

O drama do show do Roupa Nova

Deve ser a vigésima nova vez que o Roupa Nova vem se apresentar aqui no teatro da cidade e eu fico numa vontade absurda de ir. Mas sempre que eu via os anúncios coledos pela universidade, espalhados pela internet, postados no Facebook, ficava com o seguinte pensamento na cabeça:
- Poxa, que pena que eu não posso ir nesse show. É meio brega, né?

Mesmo assim, dei uma pesquisada nos preços de ingressos e catei o álbum completo do show acústico. Queria dizer pra mim mesma que não gostava tanto assim, que era só uma música e outra... Mas daí tive que ouvir meu coração. Tive que admitir. Tive que parar com isso de me enganar quando percebi que cantava todas as músicas com muita emoção. É uma breguice que me cativa: fala de sentimento, de amor, de coração partido, de saudades do passado... É tão bom! E olha que nem comecei a falar sobre meu amor por Whisky a Gogo e sobre todos os karaokês que cantei essa música.

Enfim.

Então sábado eu fui num churrasquinho com meus amigos. Estava um pouco embriagada e comecei a resmungar sobre como eu adoraria ir no show do Roupa Nova, que eu sabia todas as músicas (até cantei algumas) e tal. E um amigo meu disse:

- Mas por que tu não vai?
- Eu... Hm...

Não soube responder. Porque é brega? Gostos são gostos. Porque não é muito barato? Tem coisas que valem o preço. E aí, porque eu não ia no show?

Resolvi que seria muito, muito legal ir. Então eu precisava ter uma companhia. Sou do tipo que precisa se comunicar até dentro do cinema – cutuco a pessoa do lado, fazendo tipo “viu isso? Viu isso?” mesmo sendo óbvio que a pessoa viu. Para assistir a um show não seria diferente.

E daí vinha a questão: quem no mundo gostaria de ir ao show do Roupa Nova? Comigo?

As minhas colegas de trabalho falaram que as mães delas super iriam. As mães, não elas. Até considerei. Até que no final do dia conversei com minha tia  - que é mais que tia, é mãe-irmã-amiga – e descobri que ela também gostaria de ir. Já estava fazendo mil planos até que ela, dirigindo, disse:

- Pena que os ingressos baratos esgotaram, né? Só tem mais os de R$150,00.

Eu, depois de descobrir que os ingressos para o show custam 150 reais. 

Cara, é tanto drama que até parece fake, mas é sério.

Sinto muito, mas meu amor pelo Roupa Nova não vale R$150,00.

E agora, o que você vai fazer, Nicole?


Esperar pela trigésima vez que o Roupa Nova vier se apresentar no teatro aqui da cidade. E ser esperta para comprar logo os ingressos de 50 dilmas. 

Dona desses traiçoeiros...

Sonhos sempre verdadeiros
Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar