25 de fev. de 2011

essa semana eu comi isso

Dia desses eu resolvi fazer um especial aqui no blog, inspirado no estrondoso sucesso do post “essa semana eu fui assim”. Esse novo post, porém, seria unicamente gastronômico, e chamar-se-ia “essa semana eu comi isso”. A ideia era fotografar diariamente o prato do meu almoço porque, como vocês sabem, comida é melhor (e mais interessante) do que amor. Na manhã do dia que seria o dia número “1” dessa nova ideia, separei minha câmera digital e vim bem feliz trabalhar.

Bem naquele dia choveu. Desabou o mundo. São Pedro jogou água com baldes nas cabeças dos pobres mortais. Caiu um toró. Insira mais um sinônimo para “choveu” aqui. E nesse dia resolvemos pedir almoço e não sair da agência de jeito nenhum. Vieram às 11h:30, passaram às 11h:30 e nada no almoço. No final das contas, a comidinha só foi entregue perto da uma hora da tarde. Eu já estava com a cabeça deitada encima da mesa, dizendo coisas desconexas e vendo estrelas pretas ao redor de mim.

Abri minha marmita para fotografá-la e... bem, vejam com seus próprios olhos.

Não é nem sobre a quantidade exorbitante de comida que eu vou falar. Ok, eu vou falar sim, mas só depois. Primeiro, observa: o peixe foi colocado por cima do feijão. Segundo leis milenares da gastronomia (leis pessoais, diga-se de passagem), a única coisa que pode encostar no feijão é o arroz. A única exceção é o cless que minha avó faz, que fica uma delícia com feijão. E mais nada no mundo. Aliás, duvido que você saiba o que é cless. Continuando.

Porque diabos colocaram o peixe no feijão? Por que não colocaram o feijão no ARROZ, como todo mundo faz? “Hmmm, vai ver essa menina não gosta de feijão e arroz misturados, vamos colocar o peixe aqui por cima que fica melhor”. NÃO, GENTE, NÃO! Enfim, a fome era tanta que eu comi igual.

Mas provavelmente eu devo parecer uma pedreira, né, porque me serviram com mais ou menos a horta inteira deles, e 18 quilos de arroz. Papai do céu castiga isso, mas não comi tudo não.

Daí no outro dia eu fotografei meu prato normal, do restaurante. Sim, eu como muito.

E nos outros dias eu vi que não valia a pena fotografar o meu prato de todos os dias, porque eu sempre como a mesma coisa - basicamente arroz, feijão, salada, peixe. e mais uma coisinha engordativa ou outra. E então terminou a fantástica ideia gastronômica, já que seria bizarramente repetitiva. FIM.

Pensando agora, eu poderia fazer um “essa semana fui assim - summer edition”, né? É algo para se pensar. Opa, hora de trabalhar. Beijo!

23 de fev. de 2011

churrasco, barro e chopp – a primeira grande indiada de 2011

Então há alguns dias atrás apareceu na minha caixa de entrada um e-mail muito interessante. O pai de uma amiga estaria de aniversário e a comemoração duraria uns três dias. Ou seja, eu e minhas amigas acamparíamos no local. Como oportunidades de indiadas iguais a essa são únicas, topei na hora.

O combinado do pessoal foi “Entre 8:30 e 9 horas na frente da casa da Nicole”. É claro que às 9 eu ainda estava jogando CittyVille em casa, e fomos partir só bem depois – ouvindo uma seleção de músicas especiais para o final de semana: Como Uma Deusa, Macarena, Tieta, Waka Waka, Sou Foda (em várias versões), entre tantos outros hits que marcaram gerações – e que são um chiclete extremo, mas ótimos para coreografias embriagadas.

Mas é claro que nem tudo foi tão bonito assim. Aparentemente meu amigo que nos levou até lá, que aqui vamos chamar de B., achou que eu estava carregando coisas demais. “Quantos dias tu pretende ficar lá, Nicole?”. “Só o final de semana, ué”. Gente, vamos combinar: eu nem levei tanta cosia assim não. Só que barracas, colchões infláveis e travesseiros ocupam espaço, todo mundo sabe disso. Mas no fim entrou tudo no carro – inclusive as gurias e eu.

Chegando lá, que alegria. Barris e barris de chopp e movimentação de comida sendo preparada na cozinha. Daqui a pouco já começou a tocar uma bandinha germânica e o povo começou a dançar. E depois só foi.

Pra resumir: a sexta-feira foi terminar por volta das 6 horas da manhã de sábado. Rolou fogueira, pessoas virando cambalhota, montinhos, corridas, chopp, Macarena, chopp, grama, cigarros, pessoas pulando a fogueira, chopp, pessoas dormindo dentro do carro, mais grama e mais chopp. Meu AllStar – que um dia foi branco – fez minha mãe chorar quando cheguei em casa no domingo.

O sábado começou cedo – ao som de Sou Foda, que instantaneamente ficou colado na mente das pessoas. Tomamos banho, comemos e tiramos um cochilo, enquanto crianças brincavam com raquetes elétricas ao nosso redor. No almoço, muita carne, acompanhada da Coca-cola mais estupidamente gelada e delirantemente deliciosa já consumida em toda a minha vida.

A tarde foi no mínimo interessante. Pessoal todo sentado bebendo chopp - aliás, acrescentem um “bebendo chopp” em todas as ações citadas nesse post, sempre, por favor – quando começou a chover. Começou aquela alegria de banho de chuva e tal. Fomos para um campo de futebol que tinha ali e começamos a correr de um lado pro outro, chutando uma bola. Até que eu dos meninos, vamos chamá-lo de E., chutou a bola e também um copo de vidro que estava parado por ali – por motivos misteriosos. Rapidamente ele foi carregado por outros meninos, debaixo da chuva que só engrossava.

Visualiza a cena. Os adultos (adultos aqui eu me refiro à pessoas com mais de 30 anos) estavam lá tranquilões, olhando a chuva. De repente surgem uns 8 jovens (aqui eu me refiro aos meus amigos e eu, que temos entre 21 e 25 anos) completamente encharcados, carregando um rapaz com o pé ensangüentado, gritando muito e sorvendo mais chopp. Rapidamente ele foi colocado dentro de um carro - o rapaz, não o chopp – e levado ao posto de saúde, onde levou 5 pontos.

Depois disso, a chuva ficou ainda mais forte. Ficamos todos presos em uma espécie de galpão. Pelo menos tinha chopp, biscoitos e cartas. Logo começou uma roda de canastra e tudo mais. Lá pelas tantas parou de chover, mas o lugar inteiro ficou tomado por lama e barro. Era impossível andar sem ficar com os pés afundados – confesso que não foi uma experiência nada agradável.

De noite rolou um verdadeiro banquete. Carnes enormes assavam encima do fogo e das brasas. Tomates e alfaces e cebolas e recipientes enormes com arroz e aipim cozido, que eu outros lugares é chamado mandioca, pesavam encima da mesa. O chopp, em quantidades absurdas, descia macio como um abraço de mãe. As pessoas começaram a chegar, cada vez mais e mais e mais e mais. A certa altura chegou um cara com um violão, que ficou cantando músicas galdérias e sertanejas, acompanhado de um outro tiozão com uma gaita. Como é regra, a bebida entra e a voz sai. Lá pelas tantas da madrugada, quando todos os adultos tinham ido embora, o pessoal começou a fazer rimas e trovas. No mínimo engraçado.

Pra resumir a aventura, um carro atolou, muitas pessoas tentaram tirar ele do barro e só com uma caminhonete conseguiram. O temporal estragou alguma coisa do reservatório de água e não caia uma gota das torneiras. Tivemos que limpar todo o barro que havia na sede onde dormimos. Bebemos as últimas gotas de chopp. Fomos embora.

Cheguei em casa, comi, dormi e só acordei na segunda-feira. Então tá é isso valeu aí gente até a próooooxima! (piada interna). :D

Fim.

E sim, eu estou relapsa quanto às atualizações aqui do blog. Sorry. Mas mais uma vez prometo que tentarei postar com mais frequência. Vou tentar! Beijo!

11 de fev. de 2011

perjúrio

- na verdade, o título desse post era pra ser “aleatoriedades de fevereiro”, mas eu estava com vontade de escrever a palavra “perjúrio”. E como esse blog me pertence (veja minhas fotos no topo – aquela sou eu, a Nicole, de Blogando com Nicole), eu coloco no título o que bem entender. Humph.

- para você que não sabe o que significa perjúrio, basta clicar aqui e conferir a definição. Perceba que não é uma palavra exatamente fácil de encaixar em qualquer contexto. Aliás, desafio: deixe nos comentários uma frase com essa palavra. Quero ver quem é o gostosão daqui. Hahahahaha.

- e já que eu falei “quem é o gostosão daqui”, você já assistiu esse vídeo? Eu vou colocar o link, mas só clique se estiver sozinho, em casa. Nem pense em clicar nesse link no seu trabalho, ou na presença de cardíacos ou menores de idade. E se você for menor de idade, nem cogite em clicar nesse link. É sério. Aqui tá ele. Respira fundo e vai. Só não vale me xingar depois.

- tá, chega de bobeirinhas. Vamos às aleatoriedades de fato.

- obrigada a todos os queridos que elogiaram as minhas novas tatuagens, que me chamaram de corajosona (ou de doida) e essas coisas todas. Pra quem pediu, tem foto das minhas outras tatuagens aqui e aqui. No tornozelo tenho uma fada chamada Ermenegilda e nas costas (ou na omoplata, como me ensinou meu amigo Dedão) tenho duas borboletinhas que eu fiz quando eu tinha 16 anos – e isso, vamos combinar, faz um tremendo tempo. Sim, eu pretendo fazer mais tatuagens, até porque dizem por aí que a pessoa deve ter tattoos em número ímpar. E eu, como uma pessoa super supersticiosa que sou (NOT!), vou ter que fazer, né. Cof cof. Desculpa, mãe, mas não quero ser uma pessoa cheia de AZAR – ou seja lá qual é maldição que acomete a pessoa com tatuagens em número par. (Mamãe é contra mais tatuagens. Pra ela, 4 já é um número mais do que bom).

- fevereiro não é um mês muito legal. Tipo, eu tenho uma grande simpatia por janeiro, que é um mês de inícios – nem que sejam meio imaginários, né. E em fevereiro terminam as férias e tem carnaval. Eu odeio carnaval. Não sei sambar, não vejo graça na muvuca nas ruas, sei lá. Simplesmente não gosto. Por mim eu hibernava a partir do momento que aparecesse a primeira vinheta carnavalesca na Globo e só acordava depois do último “ALEGORIA. NOTA. DEEEEEEEZ”. E quando eu digo que não gosto de carnaval as pessoas me olham com um misto de ódio, incredulidade e curiosidade – tipo quando eu digo que não gosto de maionese. Sad. Pensando agora, março também não é muito especial, né? E abril, hm, também não. Ok, parei.

- até tinha mais umas coisas pra falar, mas deu preguicinha – e eu preciso ir almoçar agora. Então, um beijo! :*

9 de fev. de 2011

minha amiga becky bloom

Sabe quando você lê um livro e imediatamente associa alguém que você conhece ao personagem principal? Foi o que aconteceu quando eu li o Delírios de Consumo de Becky Bloom. A personagem enchia seus cartões de créditos de dívidas e ainda assim continuava comprando – compulsivamente. Logo me lembrei da minha amiga Juli. Ok, eu não lembrei não, porque quando eu li esse livro eu não conhecia a Juli ainda. Enfim. Caso eu resolva reler esse livro, por algum motivo, vou lembrar dela. Pronto. Rá!

Mas se vocês conhecessem a Juli, também fariam a relação com a Becky Bloom. Não por ela ser consumista, mas sim por... Tá, é por ela ser consumista sim. Para vocês terem uma ideia, ela tem em casa um banheiro só dela, que é dominado por maquiagens, esmaltes e cosméticos. Ela é uma verdadeira maga quando o assunto é rímel, curvex, delineador em gel e primer facial. Tanto é que ela dá cursinho sobre isso – mas você pode ler mais clicando aqui, eu não vou ficar contando não.

Ela não consegue ir numa lojinha “só para olhar”. Sempre acaba saindo com uma comprinha nova, seja uma pinça com estampa de oncinha, uma base com preço promocional ou um enorme difusor para secador de cabelo. E muitas vezes a Juli acaba levando as pessoas no embalo dela, com uma conversinha de “mas isso é a tua cara” e “acho que tu precisa comprar isso aí, hein”.

Ela já me fez comprar pinceis de maquiagem, batons (“com uma boca que nem a tua, eu não viveria sem batom!”), brincos dourados (“dourado é vida, amiga!”) e shampoo de bebê para tirar maquiagem (e funciona que é uma beleza para máscaras à prova d’água. Fica a dica!). E ela sempre dá a dica de compras e lugares para fazer mais compras. No site tal você encontra paletas lindas de sombra. Na loja tal tem shampoo de tal marca. Numa outra birosquinha tem blusas tomara que caia maravilhosas – e baratinhas!

Mas o mais engraçado é que, assim como Becky Bloom, a Juli tenta dominar a compulsão por compras. Nem sempre é fácil, mas é muito bacana acompanhar o esforço. Hoje, por exemplo, fomos ao shopping depois do almoço – coisa mais ou menos rotineira. A Juli precisava pagar uns carnês e eu fui com ela. “Tenho o dinheiro contado dos carnês e mais 7 reais na carteira. Não vou comprar nada” – ela repetiu, mais ou menos umas 14 vezes, no caminho do shopping. E não é que ela conseguiu? Tudo bem que passamos meio correndo pela C&A e ela nem fez muito contato visual com as vitrines mas, mesmo assim, ela conseguiu!

Daí no caminho de volta para a agência eu fui ouvindo ela cantar "We are the champions" para ela mesma, e ficar se vangloriando do fato de não ter usado nem uma vezinha só o cartão de crédito. Daí começou a chover e começamos a falar da vontade de comer pipoca, pão de queijo, chocolate quente... mas isso fica prum outro post.

Quer ser amiga da Juli? O blog dela é esse aqui.

Um beijo, people!