25 de jan. de 2012

30 horas sem luz: uma saga de sobrevivência

Oi genteemmmm! Apareci! E apareci para contar para vocês uma história que tem altas doses de DRAMA e sofrimento. De verdade. Se você tem paciência para ler tudo, vem comigo. Senão, aqui vai um resumo: fiquei 30 horas sem energia elétrica. É, pode ir embora agora.
Um beijo se você continuou lendo. Vamos nessa? “Sim, vamos” – vocês dizem, começando a ficar de saco cheio de tanto xalalá. Tá, foi.
Vou começar a história lá na sexta-feira – não a última que passou, a anterior. Láaaaa na sexta-feira 13 eu tinha uma formatura para ir. Como eu trabalho muito, acabei chegando tarde em casa e só tive 20 minutos para tomar banho + me vestir + arrumar o cabelo + passar maquiagem. Quem é mulher (e até quem é homem) sabe que esse tempo não é o bastante para uma garota ficar produzida para uma festa tão importante como uma formatura. Fiquei traumatizada com o ocorrido e resolvi que na formatura que eu iria no sábado seguinte, dia 21, eu começaria a me arrumar MUITO cedo. E foi essa decisão que me salvou.
Eu ia sair de casa às 8 da noite. Então fiz as contas e comecei a me arrumar às seis horas – a festa seria phyna e eu queria fazer um make e cabelo mais elaborado. Quando eu estava no meio da minha arrumação, começou a chover. Temporal. Granizo. Tempestade de raios. A luz lá de casa começou a piscar quando eu já estava quase pronta. No momento que coloquei o último grampo no cabelo, ROUMMMM, foi toda a luz embora. Fui para a sacada do apartamento. Minha família estava toda lá olhando para o transformador de luz. Estava saindo faíscas dele, até que ele simplesmente EXPLODIU. Deu um barulhão, eu e minha vó até soltamos gritinhos. Daí fui para a cerimônia da formatura, depois para a festa do Pedro. Nesses lugares tinha luz, tinha gente bonita, tinha bebida, tinha glamour. Se vocês querem ver as fotos, basta clicar aqui. Estava tudo tão legal que nem lembrei da falta de luz, até que cheguei em casa.
O que aconteceu depois disso foi tão inexplicavelmente fora do comum que até parece um sonho doentio, um negócio inventado. Mas não, foi tudo real.
Eram umas 5 e tantas da madrugada. Comecei a subir as escadas do prédio, meio bêbada e sonolenta, e de repente tive a certeza de que algum monstro ou zumbi estava atrás de mim. Comecei a subir mais depressa os degraus, iluminando o caminho com o meu celular, até que um feixe de luz vindo de uma lanterna bateu na minha cara. Era meu irmão. Meu irmão acordado às 5 da manhã, no corredor do prédio, com uma lanterna. Entrei em casa e minha mãe também estava acordada. Eu perguntei, meio desorientada: “mas o que vocês estão fazendo de pé?”. Lembro que minha mãe disse que eles estavam sendo atacados por mosquitos. Daí lembro de ter colocado pijama, PASSADO REPELENTE e me deitado. De manhã, achei que tinha delirado, mas o pote de repelente estava no lado da minha cama.
Acordei suada, descabelada, com a maquiagem borrando meu rosto todo, as pernas doídas e uma dor de cabeça de ressaca. Desejava com todas as forças um banho morno. Só que não tinha luz. Fui para a casa da minha avó, tomei banho e almoçamos por lá.
E é agora que eu confesso que fugi a tarde toda de casa, do silêncio forçado e do calor insuportável que estava lá por causa da falta de energia. E se você leu tudo até aqui – e eu parabenizo você, leitor persistente – fica sabendo agora que boa parte das 30 horas sem luz foram passadas em um aniversário repleto de risoles e depois dentro de uma sala geladinha de cinema, onde eu fui assistir Dois Coelhos.
Voltei pra casa por volta das 10 da noite, imaginando que a essa altura a luz já teria voltado, eu tomaria um banho refrescante, ligaria o ar condicionado, deitaria na minha cama e ficaria lendo bons livros até o sono maroto me pegar de jeito. Mas não, né. Cheguei na frente de casa e tinha meia dúzia de vizinhos – incluindo meus pais e meu irmão – sentados na frente do prédio, iluminando a completa escuridão com lanterninhas. Enquanto isso, os caras trabalhavam lá nos cabos de luz e em todos esses negócios. Levou um tempo, até que – TCHANÃAAAM – voltou a luz. Daí eu corri pro chuveiro, pro ar condicionado, pra cama, praquela coisa toda.
Mas tudo isso, como sempre, serviu de aprendizado. Aprendi a dar valor para a luz, algo que a gente está tão acostumado a ter. Como faz falta, gente. Um ventiladorzinho amigo, uma musiquinha no rádio, internet – até abrir a geladeira eu tinha que evitar, pra deixar as coisas lá de dentro conservadas no pouco ar refrigerado que tinha lá dentro. Foi tenso, mas eu sobrevivi.
E vocês, já passaram por coisas assim?
E antes de terminar, uma pergunta para o próximo post: você prefere Toddy ou Nescau? Até a próxima!

16 de jan. de 2012

meu irmão, david guetta e salsichas

Não sei se vocês sabem, mas eu tenho um irmão. Ele é mais novo que eu – tem 21 anos, eu tenho 22. É esse rapaz de gola V na foto abaixo, conforme a indicação que eu fiz.


Então. Por termos essa diferença de idade ridiculamente pequena, eu e meu irmão nos damos muito bem. Somos grandes amigos e tal. O Douglas faz várias coisas legais. Ele é mestre em achar músicas na internet pra mim, por exemplo. E geralmente é a mesma coisa.
Eu chego em casa, vinda de algum lugar, e digo:
- Dô, tô com essa música na cabeça, mas não sei o nome dela e não sei nem um pedaço. Mas acho que ela é mais ou menos assim NA NARARÃN, NARARÃN... Meu, tu tem que me ajudar, cara. Que música é essa? PELAMORDEDEUS!
E ele começa a digitar e diz:
- É essa?
E põe pra tocar no notebook dele EXATAMENTE a música que eu queria. Isso só não funcionou no dia que eu queria descobrir que música era essa aqui. Eu tive que ligar pra rádio e cantarolar pro apresentador. UAHUEHAUHEAUHE SÉRIO.

Enfim. Além de ser mestre em achar músicas a partir dos meus TROLOLOs, meu irmão tem um bom gosto musical. Ou tinha. Sei lá. Foi ele que me ensinou muito do que eu sei sobre AC/DC, Led, Guns, os dinossauros do rock e tal. Só que, de uns tempos pra cá, ele vem desenvolvendo um gosto por música eletrônica – e todo esse universo de DJs e afins.
Tipo, eu até gosto de alguma coisa desse universo. Se eu vou pruma festa, eu danço. Quando eu tô na academia, eu até escuto. Mas em outras ocasiões/horários/situações, não. Até porque eu sempre achei que – POLÊMICA – djs fossem apenas caras que misturam músicas e dão play nelas. É claro que deve ter mais trabalho que isso, não quero nenhum DJ LOVER aqui me xingando, mas sei lá.
Tudo isso pra contar que meu irmão foi esses dias no show do David Guetta - e eu até iria, acho ele simpático. Gosto de pessoas que sorriem – e o tal David parece que tá sempre se divertindo à beça enquanto dá o play nas músicas lá. Mas naquele final de semana do show eu estava acampando em SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA e não pude ir. E eu também não tinha grana pra ir. Que seja. Então meu irmão foi lá e eu fiz várias perguntas e ele me respondeu pelo chat do Facebook. Tipo um correspondente de shows e eventos JOVENS. Ao invés de transcrever aqui o que ele me disse, achei melhor colar a conversa. Ó:

Douglas Dias
tinha menores de idade, fumando e bebendo. muitos, principalmente fumando
pouca fila, bem organizado, lugar grande
ele demorou pra entrar, foi só às 03:30
heinikein - 7 pila a lata
água - 5 pila
cachorro quente com uma salsicha - 10 pila
tinha gente de tudo que é tipo
bêbados que perdem a noção e começam a pular e fazer doideras
antes tocaram 2 djs legais
mas a galera tava cansada e um cara tocou muito tempo antes do guetta
daí queriam que ele saísse, mas ele era bom
botou duas músicas do AC/DC meio que mixada
quer algo mais?

Nicole Dias
sério?
é séria essa história do cachorro-quente?
10 reais? uma salsicha?

E isso é o que eu tenho pra dizer sobre o show do David Guetta em Capão de Canoa. Até mais!

12 de jan. de 2012

um post nojento sobre o meu nariz que sangra


AVISO: esse post é para aqueles de estômago forte. Contém nudez e sangue.

Não sei se isso acontece com vocês, e pode até parecer meio nojento, mas meu nariz sangra muito nessa época do ano. Tipo assim, do nada. Eu tô bem, sentadona de boa, e daqui a pouco percebo que tem sangue saindo do meu nariz. E isso não é uma coisa de agora, uma maldição de 2012 e tal. Todo ano é igual.

Diz minha mãe que quando eu era pequena eu caí e bati o nariz – e por isso a veia que tem dentro dele é sensível. Sei lá. O doutor Drauzio Varella me disse que várias coisas podem causar o sangramento nasal. Acho que a que mais se enquadra no meu caso é que a narina fica seca. Os outros motivos vocês podem ler clicando aqui.

Tipo, essa época do ano tem o tal do ar condicionado bombando o tempo todo. Eu não reclamo, porque não existe coisa melhor do que dormir num quarto beeeeem fresquinho, se cobrindo com uma coberta cheirosa e tal. Adoro! Minha sala lá na agência também está sempre na temperatura “gelo polar”. Daí eu fico lá nessas temperaturas frias, e minha narina fica secando. Sem falar dos choques térmicos. Quando eu saio da sala trabalhada no gelo polar e vou pra rua. É trash – e definitivamente deve contribuir para o sangramento.

Qualquer elegância e dignidade que eu tenho saem correndo sem olhar pra trás quando meu nariz começa a sangrar.

Esses dias meu nariz começou a sangrar na praça de alimentação do shopping. Meu namorado foi ligeiro me buscar uns guardanapos e tal. Fiquei pressionando eles contra a narina que JORRAVA (drama mode on), enquanto as pessoas me julgavam e me olhavam com aquela expressão de “coitada-dessa-menina-deve-ter-levado-um-soco-tscts-vamos-denunciar-esse-rapaz”. Foto desse dia:

Essa semana meu nariz sangrou enquanto eu estava TOMANDO BANHO. E dessa vez foi muito massa. UHAUHEUAHEU Tipo, eu ali, me ensaboando e tal, daí olho pra minha barriga e UAAAAAAAUUUU, tô coberta de sangue e espuma! Quase um filme pornô de terror! Daí comecei a falar UOUUUUUU, QUE MASSAAAAA enquanto meu nariz sangrava mais e tudo se misturava com água e pingava pelo box. Daí, quando parei de me empolgar, percebi que não sabia como ia sair daquela situação sem sujar o banheiro todo. Então eu

1- Pressionei a tal narina que sempre sangra (é a esquerda) com os dedos.
2- Parei embaixo da água para eliminar todos os vestígios de sangue do meu corpo.
3- Me chacoalhei como um cachorro depois da piscina e saí do box.

Até aí beleza. Mas e pra se secar?
Tive que ser ninja.

4- Usando apenas uma mão, peguei um pedaço de papel higiênico.
5- Enfiei o pedaço de papel na narina, tipo um defunto.
6- Me sequei e me vesti rapidamente, morrendo (prometo parar com as referências mórbidas) de agonia com o pedaço de papel na narina.
7- Tirei o pedaço de papel da narina e peguei outro papel limpinho, que eu pressionei da mesma maneira da foto de antes.

Esses dias sangrou meu nariz aqui na agência, mas foi mais simples. Eu simplesmente peguei um pedaço de papel que tenho aqui na mesa, pressionei a narina com uma mão e continuei digitando com a outra.

Tem gente que diz que eu vou ficar anêmica com essa quantidade tola de sangue que eu perco pelo nariz. Mas, sei lá, tem o que fazer?

Ah, sim, minha mãe disse que eu preciso usar AFRIN. Vocês já usaram? Aliás, vocês costumam passar por situações desse tipo? Me contem!
BEIJO!

10 de jan. de 2012

minhas férias 4: o ano novo

O dia 31 de dezembro foi interessante. Quando acordei de manhã, escutei os pingos de chuva batendo na minha barraca - e, desculpa confessar, mas a primeira palavra que pensei no dia foi “MERDA!”. Afinal de contas, se o dia já COMEÇAVA chovendo, o que nós, campistas amadores, iríamos fazer? A resposta foi simples: passar o dia no quiosque comunitário do camping, guardando lugar para um churrasquinho de encerramento de ano.

Enquanto a chuva caia e o tempo não passava, ficamos por ali pintando as unhas, tomando chimarrão, falando besteiras, tirando fotos aleatórias. Até que o fuzuê do churrasco começou. Os meninos começaram a salgar carne, as meninas começaram os preparativos da – ARGH! – maionese.

A ideia não era comer churrasco de meio dia, até porque na praia os horários para as refeições são totalmente confusos, né. Então a ideia era almoçar por volta das 4 da tarde. QUILOS de batata foram cozidos, descascados, picados e amassados. A maionese foi sendo feita ali, diante da minha cara de nojinho/tristeza/repugnância.

A única pessoa infeliz no momento de fazer maionese: eu

E os meninos lá envolvidos com a carne. Daí, quando todo mundo já tava roxo de fome, foi a hora de comer. Tava tudo uma delícia - se bem que quando a gente tá com fome, até pastel sem ovo fica um banquete.

Depois do almoço, lavamos louça e logo fui parar na fila do banheiro do camping. Deus me livre passar a virada TOMANDO BANHO. Daí fiquei pronta e bem linda. Blusa branca, bermuda preta. A roupa de baixo era nova e era azul com rosa (o azul é a tranquilidade que eu vou precisar ter para enfrentar minha monografia. O rosa é amor, e é sempre bom ter, né?).

Depois disso tudo, já era de noite. Voltamos pro tal do quiosque comunitário e começamos a tomar uns champanhes. E tomamos mais champanhes. Mais. Mais. E eu nem me importei tanto que minha janta de ano novo foi um pastel de lanchonete – enquanto os campistas profissionais tinham mesas com toalhas prateadas e panelas com lentilha e porcos assados e uvas e balões e enfeites. galera ainda bem bonita e trabalhada na elegância

quando as risadas começam a sair do nada...

Perto da meia noite, saímos do camping. Fomos até pertinho da beira mar. Estava um TENDEL porque todo mundo do camping estava lá, segurava sombrinhas e guarda-sóis e tal. Daí chegou a meia noite, começaram os fogos. Imaginem eu lá: bêbada, molhada, segurando uma sombrinha meio quebrada numa mão, uma garrafa de champanhe na outra mão, CHORANDO e dizendo sem parar “que lindo. Que coisa mais linda” enquanto um carro estacionado ali do lado (com o porta malas aberto) ficava tocando em looping “marcas do que se fooooooi, sonhos que vamos teeeeeer...”. QUE CENA DO CARALHO! Not.

Daí eu e a Gabi (a sincera do post de ontem) fomos pro mar pular as 7 ondas. Não sei ao certo, mas acho que pulamos umas vinte e duas ondas. Depois olhamos mais uns fogos que estavam estourando e iluminando o céu por lá. Depois abraçamos uma galera do camping – e eu lembro de mim mesma berrando à plenos pulmões “FELIZ ANO NOVO TAPEJARAAAAA!”. Depois, sei lá, sei que acordei com a mesma roupa da noite anterior, com meu colchão inflável furado, minha fronha manchada de maquiagem e uma dorzinha de cabeça maligna. Uhul!

Foi um jeito legal de começar 2012, mas tenho certeza de que se não estivesse chovendo teria sido BEM melhor.

E a virada de vocês: foi massa? Até a próxima!

9 de jan. de 2012

minhas férias 3: praias bonitas, mar e sungas

Apesar das chuvas noturnas e da falta de conforto que um camping pode trazer para aqueles mais despreparados (por exemplo, meus amigos e eu), não posso dizer que minha semana de férias não foi boa. Muito pelo contrário: me diverti horrores, tomei bons drinks, ri muito com a galera, conheci lugares lindos. E é eles que eu vou mostrar hoje.

Como vocês sabem, eu fui pra Santa Catarina. Eu amo o meu Rio Grande do Sul, mas preciso admitir: as praias de Santa são muito melhores. A água do mar, por incrível que pareça, é muito mais limpinha – ou pelo menos aparenta ser. O mar de Tramandaí (praia onde fiquei ano passado), dependendo o dia, parece um Toddynho! E eu já não sou muito fã de entrar no mar. Acho meio uó que as pessoas fazem de tudo lá dentro – e xixi é a coisa menos pior que pode acontecer, hein? – e morro de medo de criaturas marinhas. Peixes, água-vida, aqueles bichinhos que se escondem na areia (tatuíra?), etc. mas lá em SC foi diferente. A água é bem azulzinha e transparente. E sim, eu entrei no mar, mergulhei, nadei, aquela coisa toda. Foi bom.

Conheci Garopaba, Vigia, Praia do Rosa, Praia Vermelha, praia sei lá o que, praia sei lá o nome... Enfim, um monte de lugares legais, com águas e areias e pessoas e paisagens do caralho. Deu pra pegar um bronze, ler, dar umas cochiladas, dar umas risadas, tomar umas cervejinhas... Mas é claro que nem tudo foi uma maravilha. Afinal de contas, estávamos na praia, reduto de um verdadeiro pesadelo: sungas & homens usando elas.

Eu tenho um problema/preconceito com sungas. Porque sungas são tipo cuequinhas de tecido colante, que MOLHAM. Isso sem falar que as sungas ficam marcando as PARTES ÍNTIMAS dos rapazes! Aquele volume. Aquele formato. Isso é uó, gente, por favor! Qual é o problema com as bermudas? Aqui em RS eu acho meio raro os caras usarem sungas – a não ser os tiozinhos barrigudinhos, as crianças e os caras meio sem noção. Lá em Santa todo mundo usa sunga!

Episódio da vida real: eu e minhas amigas deitadas nas areias da Praia do Rosa. Nisso, avistamos ao longe um grupo de rapazes. Entre todos os elementos componentes do grupo, apenas um usava sunga. E não era uma sunga qualquer: era meio vermelha, estampada. Comentamos entre nós sobre isso. De repente, o cara da sunga meio vermelha começou a andar na nossa direção, seguido por seus amigos (usando bermuda).

Nós: - Ele tá vindo pra cá? Meu Deus, parece que ele tá vindo pra cá. Ai, socorro, acho que ele tá vindo pra cá. Sim, ele tá vindo pra cá! MEUDEUS!1!!11eleven!!!!

O cara da sunga meio vermelha: - Com licença, meninas. Vocês acham que a minha sunga é coisa de veado?

Gabi, a sincera: - Sim.

O cara da sunga meio vermelha: - Vocês acham que a minha sunga queima o filme dos meus amigos?

Gabi, a sincera: - Uhum.

O cara da sunga meio vermelha: - Poxa, acho que vou ter que ir trocar, então. Obrigada!

E eles foram embora.

Enfim. Coloquei aqui algumas fotos das praias bonitas e das minhas amigas e minhas e aquela coisa toda. E no próximo post eu conto da noite de Revéillon para, dessa maneira, encerrar o especial sobre minhas férias. Até a próxima! :)

6 de jan. de 2012

minhas férias 2: campistas profissionais

Eu e meus amigos fomos para a praia entre 4 carros – cada carro com 4 pessoas. Como a viagem leva mais de 6 horas e iríamos passar 7 dias, vocês podem imaginar como estavam os porta-malas de cada veículo – e os bancos, e a parte debaixo dos bancos, e o colo dos passageiros. Levamos barracas, algumas lonas pequenas, travesseiros, panelas, talheres, cobertores. Poucas cadeiras, nenhuma mesa. Bola de futebol americano, equipamento para chimarrão. Malas – e a das meninas é geralmente um pouco maior, admito. E, no final das contas, não sobrou espaço para levar mais nada. Na real, as pessoas mal e mal cabiam sentadas direito.

Chegando no camping, montamos nossas coisas e nos sentimos satisfeitos. Até que começamos a ver as outras barracas, os outros acampamentos. Os campistas profissionais deram as caras, nos humilhando e nos deixando cheios de inveja e rancor. E tudo se intensificou quando começou a chover e a saudade do conforto da casa da mãe começou a bater na galera.

Eu sei que não é legal sentir inveja das pessoas, e muito menos guardar rancor, mas você se sente a pior pessoa do mundo quando você está num camping e não tem uma cadeira para sentar, enquanto as pessoas do acampamento ao lado têm cadeira e mesa e notebook e ventilador. É sério.

Como choveu em praticamente todos os dias daquela semana, o item mais valioso que eu e minhas amigas tínhamos era um guarda-sol, que acabamos usando como guarda-chuva. E, ok, tínhamos também um isopor cheio de champanhe, que tomávamos com PHYNAS tacinhas de plástico (falo disso outra hora). Um guarda-sol para abrigar 3, 4, às vezes 5 meninas ao mesmo tempo. Quando chovia, nós usávamos ele para ir até a lanchonete que tinha na entrada do camping, ou para ir ao quiosque de uso coletivo que tinha por lá – já que não tínhamos lona para proteger a galera toda. Enquanto isso, os campistas profissionais tinham verdadeiras salas de estar embaixo de suas lonas. Eu não to mentindo.

Tinha gente com sofá lá. Com cafeteira. Televisão de plasma. Antena de SKY. Ventilador. Bicicleta. Rádio. GELADEIRA. ENFEITES DE NATAL. VIDEOGAME. Já pode ficar com raiva? Calma que tem mais.

Quando chovia a gente ia jogar Uno. Quando chovia, os campistas profissionais pegavam cervejas bem geladas na geladeira deles e iam ver filminho. De manhã cedo, a gente tomava chimarrão revezando cadeiras. De manhã cedo os campistas profissionais tomavam café da manhã em mesas postas com todos os ingredientes possíveis e imagináveis – até café passado na hora, enquanto nós éramos obrigados a fazer sanduíches de pão de forma por cima dos isopores.

E olha que eu não falei do ano novo ainda. Vou falar sobre isso em outro post, e os campistas profissionais vão aparecer de novo por lá.

Mas sabe? Isso é um verdadeiro aprendizado. Nos próximos acampamentos, eu e meus amigos vamos evoluir, tenho certeza. Nem que a gente tenha que comprar uma Kombi pra carregar tudo. E eu tenho certeza de uma coisa: eu nunca mais vou acampar sem levar PELO MENOS uma cadeira comigo. E tenho dito!

____________________

E como se já não bastasse tudo isso, hoje eu estou indo acampar DE NOVO. É. E não é só isso. Vou para uma área sem energia elétrica, no meio do mato. Porque se é pra ser roots, vamos ser roots direito, né? Mas sim, vou levar uma cadeira junto.

Vou para Santo Antônio da Patrulha. Todo mundo com quem falei sobre isso disse que lá tem boas rapaduras.

Não gosto de amendoim.

Adeus.

5 de jan. de 2012

minhas férias 1: barracas

Pra quem não sabe, eu não fiquei em uma casa na minha semana de férias, muito menos em um hotel ou pousadinha de luxo na beira da praia de Santa Catarina. Eu fiquei foi em uma barraca.

“Mas Nicole, você em uma barraca? Cadê o glamour? Cadê a sofisticação?” – vocês se perguntam, ultrajados. E eu respondo, caros amigos, que acampar pode sim ser uma coisa interessante. Primeiro porque é MUITO mais barato do que qualquer uma das outras opções que eu citei antes. Para vocês terem uma ideia, eu fiquei 7 dias em um camping pertinho da praia e só gastei uns 150 reais nessa brincadeira. Se eu ficasse em uma casa de Garopaba, provavelmente gastaria algo perto desse valor POR DIA. Também é interessante porque você aprende a dar valor para as coisas que já parecem tão normais no seu dia a dia. Tipo abrir a geladeira e pegar margarina, por exemplo. Quando você está acampando, não tem geladeira. A não ser que você seja o que eu gosto de chamar de “campista profissional” – vou falar sobre isso em algum outro post. Se você não for um campista profissional, você não tem geladeira. Tem, no máximo, um isopor com gelo – onde fica a margarina, a cerveja, o queijo, as ameixas e, é claro, um pouco de areia e grama. Não tem conforto. Daí quando você volta pra casa, acha tudo lindo e maravilhoso. Sua cama nunca foi tão gostosa, o banheiro nunca foi tão limpo, abrir a geladeira e pegar coisas fresquinhas lá de dentro dela nunca foi uma experiência tão maravilhosa.

Então na madrugada do dia 26 de dezembro eu peguei minhas malas, minha barraca, meu colchão inflável, minhas lonas, lanterna e repelente, e parti para a aventura – 6 horas na estrada, dentro de um carro com mais 3 pessoas (e todas as coisas delas). Foi meio apertado, algumas panelas bateram na minha cabeça durante a viagem, mas deu tudo certo.

Chegando lá, nos deparamos com um camping cheio – que naquela semana veio a atingir sua ocupação máxima: 2.500 pessoas. Não é pouco não, hein? Daí tivemos que colocar as barracas meio que coladinhas umas nas outras. (E, antes que venham perguntar: sim, eu mesma montei minha RESIDÊNCIA DE LUXO. Ok, os meninos me ajudaram um pouco, mas eu não tenho medo de enfrentar aquelas varetinhas e tecidos e tal). E a estrutura do nosso “acantonamento” era aquela coisa, né – no máximo uma loninha embaixo da barraca. Afinal de contas, a semana seria maravilhosa, tempo bom, alegria sem fim.



Só que... não deu tempo bom. Choveu. Choveu de dia, choveu de noite, choveu quando a gente achou que não ia chover, choveu quando a certeza era de que a chuva não ia parar nunca mais. A primeira noite dentro de uma barraca com a chuva caindo ensandecidamente lá fora foi tensa. Sabe o que é acordar no meio da noite, pegar uma lanterna e iluminar a barraca pra ver se não tem água entrando? É, isso aconteceu pelo menos umas 5 vezes. E no final das contas, tudo ficou praticamente intacto. Ó molhou o meu colchão, que fica encostado nas extremidades da barraca. E, é claro, todas as minhas coisas ficaram úmidas. Sabe o que é dormir num travesseiro úmido? É, não é legal. Mas foi tudo melhor do que eu esperava, sabem? Dormi uma semana em uma barraca, debaixo de chuva, e sobrevivi. E quando voltei pra casa descobri que eu tenho a melhor cama do mundo, dentro de um quarto limpo, seco e delicioso.

Aguardem mais posts sobre as minhas férias! Voltarei pra falar de campistas profissionais, praias bonitas, o dia 31 de dezembro e muito mais! BEIJO!

4 de jan. de 2012

oi, estou de volta

Oi gente, oi 2012, cheguei! Estou de volta da minha enorme temporada de férias (de uma semana). Enfim. Mesmo passando apenas 7 dias fora, parece que tudo se renova, né? Ainda mais com esse ano novo aí. Sempre dá vontade de fazer mais, de fazer diferente. Mesmo que essas vontades às vezes durem apenas um mês. Mas eu não to aqui para filosofar ou falar mais uma vez de resoluções de ano novo. Eu vim contar da minha incrível experiência em Garopaba!

Mas, antes de se deliciar com minhas incríveis aventuras em solo catarinense, lamento, mas vou decepcioná-los. Ao invés de contar tudo em um post só, resolvi dividir tudo em postagens diferentes. Dessa maneira, posso contar detalhes que em um texto enorme acabariam esquecidos.

Então você não vai ver nada sobre isso hoje. Mas nos próximos posts você vai ler sobre praias bonitas de Santa Catarina, vida de campista, vida de campista COM CHUVA, comidas de férias, barracas, indiadas, volta pra casa e mais o monte de coisas que eu lembrar.

Ah, sim. Antes de terminar aqui e aproveitando que estamos no novo ano... Que 2012 seja um baita ano pra todos nós. Lembrem-se de que não é o ano que tem que ser bom: ele vai ser o que a gente fizer dele. Portanto, pé na tábua, gurizada! Vamos produzir mais, aprender mais, viver mais. "E postar mais aqui, por favor, Nicole" - vocês dizem.
BEIJO!