14 de out. de 2012

chocolate com baratas


Estávamos entre três à mesa do café da manhã. Eu besuntava com Nutella um pãozinho doce. Nisso, J. diz, contente:

- Sabia que todo chocolate contém pedacinhos de barata? É sério, li na Super. Em função do armazenamento, eles não conseguem tirar as baratas dos grãos de cacau. Daí vai tudo junto pra trituração.
Eu congelei o movimento de levar a faca com Nutella ao meu pedaço de pão.

- Obrigada por essa informação, J. – eu disse, com cara de nojo.

- De nada – veio a resposta feliz.

Esse pequeno episódio, que ocorreu não faz nem uma semana, me fez refletir sobre a relação que as mulheres – ou pelo menos EU – tem com as baratas e os insetos em geral. Eu não tenho medo de baratas, eu tenho algo que poderia chamar de PÂNICO-TERRÍVEL-DE-BARATAS. Quando eu vejo um desses insetos cascudos eu surto. Saio de perto, grito, chamo alguém para matar. Não, eu não sou capaz de matar uma barata.

Daí geralmente eu fico apontando pro lugar onde a meliante se encontrava, para que alguém mais corajoso que eu (pai, irmão, amigo) mate ela.

- Tava ali, tenho certeza. Deve ter se escondido atrás da geladeira. Puxa e mata ela. Mata elaaaaaa!!!!
Eu não sossego enquanto a pessoa não matou a barata. Se a barata se esconde e não vai à óbito, eu evito ao máximo frequentar o ambiente – sem falar que tenho dificuldade para dormir, imaginando que ela vai achar meu quarto e vai subir na minha cama.

Só que com outros bichos eu não tenho esse problema. Sou capaz de matar uma aranha e até já me envolvi num episódio em que encontrei uma cobra na frente de casa e – obviamente bêbada – comecei a fotografar ela com meu celular pra mostrar pra todo mundo.

Enfim, voltando ao medo de barata. Esse medo tem um nome complicado: catsaridafobia. É, acabei de dar um Google no assunto. E olha só, tô me identificando: diz aqui que as pessoas que têm medo de barata costumam manter ralos fechados (eu faço isso) e procurar manter tudo o mais organizado possível (faço isso!), já que o aparecimento das baratas está associado à más condições de higiene.

E acabei de ler que as baratas gostam de subir nas pessoas à noite e roer os lábios delas enquanto elas dormem, para pegar restos de alimentos. Acho que não vou dormir mais direito depois dessa. E acho também que vou parar de ler sobre o assunto para dar mais uma ajeitadinha aqui no quarto. Vai saber, né? 

11 de out. de 2012

post frenético sobre minha festa de formatura



Quando entrei na faculdade, achei que demoraria, sei lá, metade de uma vida para chegar ao dia da minha formatura. As folhas do calendário foram arrancadas rapidamente e, depois de seis anos, eis que o tal dia, antes tão distante, chegou.

Eu vou me formar. Em janeiro, num calor de 40 graus (ou num frio de rachar, já que eu moro no Rio Grande do Sul e adivinhar a previsão do tempo é uma missão tão impossível que nem o Tom Cruise conseguiria vencer, o que dirá o Cleo Kuhn) eu vou vestir uma toga, subir num palco e, ao som de AC/DC, pegar o tal do canudo. Isso simbolizará que, finalmente, sou uma jornalista diplomada - embora haja todas aquelas discussões sobre a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão, blablabla, boring stuff. 



Mas o mais legal disso tudo é que depois de pegar o canudo (e, ok, enfrentar uma longa cerimônia, cheia de discursos e hinos), eu vou dar uma festa. Isso é uma coisa meio que inédita na minha vida.
Não fiz uma grande festa de 15 anos, não fiz uma grande festa de confirmação, não fiz uma grande festa... nunca! Nunca contratei um DJ nem nada desse tipo. E dessa vez resolvi que ia ser diferente.

Ok, não vou gastar o dinheiro de um carro numa festa. Não sou louca nem rica – e pretendo ir pra Buenos Aires/outros lugares ano que vem... Então vai ser uma festa acessível, mas caprichada nos detalhes. E é aí que o bicho pega.

Primeiro eu ia fazer uma festa com o tema “comemoração germânica”. Depois virou piquenique. Depois virou tropical. Agora cheguei num tema que parece que vai ser o definitivo, embora eu saiba que ele vai mudar pelo menos uma 9 vezes antes do dia 18 de janeiro. 

Até agora, já vi preço de comida, já contratei DJ e fotógrafo, já escolhi o lugar. A lista de convidados é um pequeno problema, já que eu gostaria muito de convidar todas as pessoas que são queridas para mim, e eu sou uma pessoa que costuma gostar muito das outras pessoas. Até o dia de começar a entregar convites, tenho certeza (ok, não 100% de certeza...) de que terei uma lista linda e compacta. Comentaremos mais sobre isso por aqui à medida que o tempo for passando. 

O que me aflige mesmo é a decisão: chopp ou cerveja? Chopp ou cerveja? Um é prático, o outro é mais barato. Preciso alimentar direito essa lista de pós e contras – e talvez pegar uma segunda opinião através de uma enquete entre amigos. Verei isso também.

Escrevi tudo isso aqui em cima meio freneticamente, então talvez as coisas não façam muito sentido. É que eu to muito hiperativa hoje, talvez mais do que o normal. 

Enfim, eu to bem, to viva, e to fazendo mil coisas ao mesmo tempo.

Senti saudades de vocês. :)