27 de jun. de 2009

prioridades

Eu sou uma pessoa que sim, pensa no futuro. Posso até passar uma imagem de nerd, cdf e chata, mas pensa que eu ligo? Os nerds ainda comandarão o mundo! Posso não entender de informática ou de exatas, mas eu troco uma balada pra ficar estudando em casa, embora eu não goste muito. Eu acordo duas horas mais cedo pra ler o jornal e estudar. Eu leio Galileu e Super Interessante, sei o que é Twitter, pré-sal, mordomo de Sarney e abigeato. Sim, eu me importo com o futuro.

E tem aquele tipinho de pessoa que não tá nem aí. Que prefere "viver o presente" e "deixar o futuro vir". Ok, concordo que devemos aproveitar ao máximo o agora, mas, fala sério, um pezinho precisa sempre estar lá adiante. Esse papo de aproveitar o presente é pra quem não quer nada com nada. Ah, falo mesmo. Me dá um nojinho aquelas pessoas que só se importam em fazer festas. Que não podem ficar um final de semana inteiro sem dar uma "bandinha", ou na quarta-feira já começam a se programar pro sábado e na segunda o assunto é o que fizeram e como foi divertido. Não abrem uma página de notícias na Internet, não sabem nem quem é Stefhany ou Lady GaGa (não que seja importante saber), só leem no jornal o horóscopo e o que vai dar na novela - isso quando leem um jornal, né. Falam só o português - e mal. Pontuação? Pra quê? Se tem festa, roupas novas ou alguma fofoca pra discutir, o que importa o que se passa no mundo? Na boa? Esses tipinhos não devem nem saber formatar um texto no Word.


Sim, é um desabafo. O que tem de gente alienada aí pela nossa volta... Pela minha volta... Que não priorizam o que de fato pode leva-los a uma vida melhor. Que não fazem acontecer e ainda por cima reclamam. Que acham que a vida dá as coisas de uma maneira fácil. Que só se importam com roupas novas, baladas e penteados. E se Maya vai ficar com Raj ou não. Não é assim não, meu chapa. Defina as suas prioridades. Se você quer ser alguém, estude e faça acontecer. Mas, se quiser ficar exatamente onde está, continue fazendo exatamente as coisas que você faz. Ficadica.

até mesmo os artistas se vão

Eu tinha um post prontinho para postar aqui, chamado "Prioridades". Devido, porém, aos acontecimentos recentes, o foco e a prioridade (hehe) do post teve que mudar. Porque... POXA, CARA, MICHAEL JACKSON MORREU!

Quando eu ouvi os primeiros boatos da morte/não morte do astro pop, na quinta-feira antes da noite, já comecei a sentir um vazio, até então incompreendido pelos meus familiares. Afinal, era só o Michael Jackson! Mas, para o meu pobre coração de quase 20 anos, não era SÓ o Michael Jackson. Era a prova de que sim, as celebridades são pessoas de verdade e morrem. E não era assim que era para funcionar! As celebridades deveriam estar ali, forever and ever, para serem admiradas, seguidas por paparazzis e servirem de assuntos em elevadores e msns. Todos os artistas deviam ser como a Hebe, afinal, o tempo passa, o tempo voa, e ela já tá por aí, tipo, há uma eternidade. Não deviam morrer assim, do nada, como foi o caso do Jacko. :( Isso acaba com uma série de ilusões da minha cabeça!

E Michael Jackson, apesar de todas as histórias de abuso de criancinhas, dormir em uma câmara anti-envelhecimento e aparecer no tribunal vestindo pijamas, fez parte de muitas das memórias da minha infância. Lembro como se fosse ontem da última vez que ele veio ao Brasil: branco como um Gasparzinho e debaixo de uma sombrinha. E eu nem sabia ao certo quem era aquele cara, mas gostava de cantarolar aquelas músicas que ele cantava e imitar as dancinhas que ele fazia. Até hoje eu imito. Aliás, quem não imita? Quem nunca fez um MoonWalk bêbado, levanta a mão. \os

A morte é uma coisa que choca, assusta, dá medo. Embora seja a única certeza que temos na vida, sempre é terrível e chocante quando alguém vai dessa pra melhor, bate as botas, abotoa o paletó, [insira aqui seu eufemismo para morrer]. E ainda mais quando é repentino e totalmente não esperado, como foi o caso do Jackson. Afinal, Michael Jackson e seus problemas de saúde já são comentados desde lá nos anos 80, talvez quando ele ainda tinha uma nariz normal, mas ninguém esperava que ele fosse morrer... Tão novo, com tantas dívidas e coisas bizarras pra fazer... E logo agora que ia ter a tal turnê, e o Luciano Huck ia ir! (Eu sigo o Luciano Huck no Twitter. Sigam-me os bons!).

E eu sei que esse assunto do Astro do Pop já torrou a paciência de muita gente, já que passa na televisão o tempo todo, mas eu não poderia deixa de dar um pitaco aqui. E, para terminar, lanço uma reflexão: em um mundo sem Clodovil, Michael Jackson, Dercy Golçalves e Vera Verão (?), o que será de nós?

23 de jun. de 2009

post duplo

o fim da solidão
Um grupo de quatro rapazes se uniu e formou um grupo chamado Amigos de Aluguel. Não, eles não são garotos de programa. Eles criaram um serviço para quem precisa de companhia para passear, fazer programações legais ou viajar. Tipo, se você está cansado de almoçar sozinho, contrata um dos amigos de aluguel! Eles garantem companhias agradáveis e inteligentes. É uma idéia bacana... Ok, ok, por que eu não pensei nisso antes? hehehe
Eu, sinceramente, não usaria esse tipo de serviço. Deve ser divertido e ajudar muita gente meio solitária, mas eu tenho meus amigos e é com eles que gosto de fazer programas, seja uma balada, um cinema, uma tarde de compras ou um sorvete às 11 da noite de um sábado. Tá, menti. Eu contrataria os amigos e aluguel sim. Mas precisariam ser vários, bem gatos e com um preço baixo. Não se apavore, eu apenas daria uma suuuper festa e eles com certeza animariam o povo. As garotas, pelo menos. :P

me faz tão bem
Sabe aqueles dias que tu acorda e parece que nada dá certo? Tu te atrasa, torce o pé, pega fila na padaria, leva xingão do chefe, briga com o namorado, pisa no chiclete e ainda por cima perde o ônibus pra ir para a faculdade. Chegando na faculdade, prova surpresa. Individual. Ou melhor, em dupla - e a dupla escolhida pra ti é aquele colega que não sabe nada. De volta pra casa, tu descobres que teu cachorro roeu tua calça nova. Tu pensas que está tudo perdido e está prestes a começar a chorar quando chega teu irmão, com cara de sono e o cabelo todo pra cima, como um Elvis. E daí vem ela, lá de dentro, gostosa: a risada. Uma risada pode salvar um dia perdido - ou pelo menos melhorá-lo muito. A risada faz bem pra saúde, combate o envelhecimento, emagrece e faz com que você tenha namorados como o Robert Pattinson. Ok, talvez não seja tudo isso, mas que uma risada ajuda, isso eu não tenho dúvida. Sorria - sorria sempre. De desgraça o mundo já tá cheio.

16 de jun. de 2009

lilica e filó

Eu nunca tive um cachorro. Nem gato, coelho, tartaruga. Na verdade, minhas experiências como dona de bichos de estimação nunca passaram de peixes e canários. Meu último peixinho, Mad Max, morreu e foi parar na privada. Meus últimos canários, Tchuquinho e Tchucão tiveram finais parecidos - talvez sem a parte da privada.
Daí vai aparecer alguém e vai dizer: "Mas céus, Nicole, além de nunca ter comido churros, tu nunca brincaste com um cachorro? Afinal, que diabos de infância tu tiveste?". Ok, é claro que não diriam brincaste e tiveste, mas fica mais bonito conjugado. E eu respondo, meus caros, que embora eu more em um apê acarpetado e proibido para bichos e todos seus pêlos e urinas, eu já brinquei com cachorros sim, tá? Só nunca comi churros, e isso pode ser resolvido facilmente.
Eu tenho uma avó sabe. O quê? Você também tem? Uauuuu! Mas eu tenho duas, na verdade, mas o post de hoje é só sobre uma delas: a vó que tem um quintal que tem um cachorro. E foi lá na casa dela que tive as maiores experiências com esses seres caninos. Lembro vagamente de uma cachorro por lá quando eu era pequena, o Bagunça, vulgo Baga. Para mim, ele era enorme e muito, muito feroz. Mas pelo que ouvi dizer, ele não era não.
E há uns anos atrás entrou em nossas vidas a Lilica, uma Dachshund (salsichinha, sabe?) marrom com um parafuso a menos. Vários domingos foram gastos em frustradas tentativas de fazer Lilica saltar por dentro de um bambolê, ou correr atrás da bolinha. Aliás, ela até corria atrás da bolinha - mas éramos nós que tínhamos que correr atrás da cachorra depois para pegar a bolinha de volta.
Lilica tinha medo de foguetes e proteger a casa era uma coisa que ela não fazia. Felizmente a casa de minha avó nunca foi assaltada, mas se algum dia um trombadinha entrasse no terreno, Lilica provavelmente abanaria o rabo e ficaria contente com a "visita". Ela não podia entrar em casa, mas passou a vida inteira tentando escapulir entre nossas pernas para entrar. E quando conseguia, ou ficava pulando encima da cama da vó, ou subia no sofá, ou ficava correndo descontrolada, com todo mundo correndo atrás dela. Vai ver ela gostava de viver perigosamente.
Missão complicada? Levar ela para passear. Lilica gostava de correr, mas os humanos que passeavam com ela não queriam correr. Por muitas vezes ela quase se matou sufocada na coleira, arfando e ficando com a língua pra fora no esforço da tentativa de corrida. E nem tudo foi fácil na canina vida de Lilica. Diversas vezes ela levou boladas na cabeça, por querer participar de nossos habilidosos jogos de basquete, vôlei, socobol ou qualquer que fosse a modalidade escolhida no final de semana. E parecia não se importar, pois logo já estava correndo entre nossas pernas de novo.
Lilica já não se encontra entre nós a cerca de meio ano. Ela teve problemas de saúde e foi melhor deixá-la descansar no Céu dos Cães, onde existem diversas bolinhas de tênis e eles podem correr livres, sem se preocupar com coleiras.
Mas... tchan tchan tchan tchaaaaaan... Já temos outro animalzinho na família! Um mês atrás, chegou a queridíssima Filomena, já conhecida carinhosamente por Filó, mais uma salsichinha alegre e marrom. Até minha mãe, que não é muito fã de bichinhos, segura ela no colo (é minha mãe na foto). Filó é apenas um bebê e dorme pra caramba, mas já tem o estranho fanatismo pela bolinha de tênis e corre conosco atrás da bola de futebol. Por ser pequena, ela pode andar livremente por dentro da casa, mas parece que já entendeu que não é bem-vinda no quarto da minha avó - aliás, em nenhum quarto. Mas ela tem sua própria caminha, bem bonita e macia, com cobertores, ursinhos e tudo mais. E, quando fiquei sabendo que ela sentia muito frio e usava um casaquinho cinza, resolvi intervir. Lilica nunca usou roupas, ela arrancava de maneira selvagem qualquer tipo de ornamento que colocáva-mos nela. Mas Filó aceitou com gosto o lindo evstido vermelho de babadinhos que dei a ela.
Espero que em breve poderei contar altas histórias legais sobre a Filó. E no dia em que ela prender a saltar por dentro de arcos, levarei-a no Faustão - ué, não tem lá um quadro com cães treinados? Me aguardem! :D

12 de jun. de 2009

marilu?

Helena acordou às 6:30 da manhã, como de costume, ao som irritante e repetitivo do despertador. Desligou o aparelho e começou a levantar, devagar. Calçou os chinelos, vestiu o robe e foi para o banheiro. Lavou o rosto, escovou os dentes, penteou o cabelo, na maior normalidade. Nada indicava que algo estranho poderia acontecer aquele dia. Voltou para o quarto.
- Benhê, está na hora de acordar - sussurrou, balançando seu marido de leve pelo ombro.
- Uhum - ele resmungou - Já vou.
Helena desceu as escadas e foi até a cozinha. Ligou o rádio e ficou passando as estações até sintonizar em uma suave melodia. Ficou cantarolando enquanto passava o café e colocava algumas fatias de pão na torradeira. Subiu de novo e acordou os filhos. O mais velho já estava acordado, fazendo de última hora a lição de casa. Já a menina, Helena teve que balançar com mais vigor - Claudinha estava resistindo à idéia de sair da cama em um dia tão frio. Por fim, a menina levantou e foi ao banheiro. Helena desceu as escadas, abriu a porta da frente para o cachorro sair e pegou o jornal, enrolado em frente ao portão. Voltou para a cozinha, entregou o jornal para o marido, que já estava vestido para trabalhar. Logo as crianças apareceram. Todos tomaram café da manhã em silêncio e logo o marido saiu para trabalhar, levando as crianças junto para deixá-las na escola, que ficava no caminho.
Helena terminou de tomar o café e lambeu os dedos lambuzados de mel. Leu o horóscopo no jornal e começou a fazer a rotina costumeira: limpar a cozinha, arrumar as camas, varrer a varanda. Quando estava pronta, trocou de roupa, pegou sua bolsa e foi ao supermercado.
Entrou no mercado, cumprimentou a moça do caixa, que murmurou um "oi" entediado, enquanto mascava tediosamente um chiclete e esperava uma senhora toda vestida em tricô tirar moedinhas de uma moedeira - de tricô. Pegou um cestinho e, com a cabeça envolvida em pensamentos, começou a pegar mercadorias aleatórias: azeitonas, sabão em pó e papel higiênico foram para a cestinha sem nenhuma reflexão a respeito. Helena estava distraída escolhendo alguns tomates quando alguma coisa chamou sua atenção - alguém parado no balcão em frente à ela sorria, como se a conhecesse. Helena sorriu de volta, sem muita convicção, e se dirigiu ao balcão dos embutidos. Ia pegando um pacote de mortadela quando a pessoa que havia sorrido chegou para conversar. Era uma senhora, já com a idade mais avançada, cabelos grizalhos e marcas de idade no rosto. Vestia uma calça púrpura e um longo casaco cinza.
- Marilu! Quanto tempo, amiga! -disse a idosa, abraçando Helena com firmeza - Cabelo diferente... O que tem feito?
Helena percebeu que a velha estava cometendo um engano, estava confundindo ela com outra pessoa, alguma tal de Marilu, mas deciciu não dizer nada, tão respeitosa que ela era com os idosos.
- Ah, tenho feito o mesmo de sempre, uma coisa ali, outra aqui... - Helena foi um tanto vaga.
- Bom saber. E o Souzão, teu marido, continua jogando futebol?
- Sabe que ele parou? É a idade chegando...
- Quem diria, logo o Souzão. Sabe que depois que meu marido faleceu, nunca mais reencontrei a antiga turma. Tens visto alguém?
- Pra ti ver, perdi o contato com eles também. - Antiga turma? Quem? Helena não estava entendendo.
- Poxa, que lástima. Bom, vou indo lá. Bom te ver, Marilu. Manda lembranças pro teu marido!
- Claro, pode deixar.
Estranho, pensou Helena enquanto a senhora se afastava, mancando de uma perna. Marilu, vê se pode. Helena continuou suas compras, escolheu mais alguns itens e foi ao caixa da menina entediada pagar.
- Deu 53 reais. Vai fazer em dinheiro? - perguntou a menina entediada, que continuava mascando o chiclete.
- Não, vou fazer no cartão de crédito.
- Preciso do cartão e da tua carteira de identidade, por favor.
- Claro - disse Helena, abrindo a bolsa.
Então, de repente, Helena deixou cair a carteira no chão, espalhando moedas por todos os lados. Olhava aparvalhada para a carteira de identidade - onde um dia estava escrito Helena Silva, agora dizia Marilu de Souza. Atordoada, entregou a identidade e o cartão para a moça do caixa, assinou o canhotinho, pegou as sacolas com as mercadorias e estava prestes a sair do supermercado quando aconteceu. Na porta espelhada do estabelecimento, onde era para estar o reflexo dela, estava um rosto que não era seu.

9 de jun. de 2009

existe?

Dia dos [argh] namorados chegando, e uma pautinha curta para o Tudo de Blog:
como é o namorado dos sonhos?

O namorado perfeito não precisa ser nenhum Brad Pitt, mas precisa ser inteligente e me fazer rir. Ele precisa ser cavalheiro, animado e cabeça aberta, deve saber cozinhar mais que eu e ser cheirosinho. O namorado perfeito deve me dar a liberdade que eu preciso e entender que eu sou ansiosa, tagarela e espoleta - e me amar de qualquer forma. Conhece alguém assim ou se identifica? Favor ligar para 9635...

6 de jun. de 2009

selvageria no supermercado

Recentemente terminei de ler o livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, (a resenha dele você poderá conferir em breve no meu outro blog) e fiquei chocada com a completa falta de ordem que pode ficar o mundo de pessoas que não enxergam, com uma total falta de organização, uma anomia ética, etc etc. Hoje, porém, estive um lugar que me fez ver que mesmo em um mundo onde as pessoas enxergam, a falta de ordem transforma tudo num caos.
Ok, confesso que a escolha do dia e da hora não foi a melhor, mas... Experimente ir em um sábado depois do pagamento, por volta das 19 horas, em um supermercado de uma grande rede. Deve ser o lugar mais próximo do inferno que eu já estive. Não quero citar o nome do supermercado, por ser meio chato e... Tá, foi o BIG! Eu sei que é um mercado popular e tudo, mas apenas lá tinha o que eu precisava, com um preço justo! E lá me fui, sem nem pensar que famílias inteiras e extremamente mal educadas estariam fazendo o rancho do mês por lá.
Pensa na cena: eu procurando o leite condensado que o meu irmão pediu, meu pai vindo atrás. Eu, magricela, tinha que me espremer entre os carrinhos das pessoas transitando pelos corredores. E as pessoas pilotando os carrinhos não estavam nem aí! Nem aí! Elas viam o meu admirável esforço em me locomover e não botavam o carrinho nem um centímetro pro lado. Muito pelo contrário, eles andavam ainda mais. Foi por milagre que saí com as pernas inteiras lá de dentro.
E pior mesmo foi a parte que surgiu de um alto falante uma voz sensual dizendo: "e aproveite agora, no açougue, capa de filé por 6 reais o quilo!" e eu estava mesmo passando ali por perto da sessão das carnes. A aglomeração que surgiu foi inacreditável! Não é que foi uma fila bonita, alinhada - as pessoas praticamente se engalfinharam para chegar perto do balcão do açougue! Selvageria! E eu ali, desviando do labirinto de carrinhos, não achava o maldito Leite Moça. Pedi informação para um cara com um uniforme escrito BIG, que apenas me apontou o corredor certo, com um grunhido digno de, whatever, um orc. Achei e fui para a fila, pagar - e ela estava imensa.
Daí depois da uma fila quilométrica para pagar meus 4 itens, não recebi nem um boa noite da mocinha do caixa. E falei, com minha cara medonha de cínica: olá, boa noite! Daí ela me murmurou um "oi" muito de má vontade. Mas isso não é nada. Ahh, não é.
O estacionamento. Pense que de alguma forma as famílias mal educadas que estavam fazendo rancho foram até o mercado. Sim, elas foram de carro. E sim, elas não se importam nem um pouco de sair do meio da estrada quando você está tentando sair. Ficam lá, tranquilonas, com metado do traseiro no meio da pista, enquanto colocam imensas caixas de leite no porta-malas. Vi um cara até assobiando. Vi uma mulher deixar cair uma Coca Cola e ela sair correndo atrás da garrafa rolando. Bizarro. Sem falar que foi o estacionamento mais mal sinalizado que já vi, poxa vida.
Daí, finalmente, GRAÇAS A DEUS, escapamos com vida daquele lugar. Só digo uma coisa: se você tem paciência, MUITA PACIÊNCIA, eu recomendo essa experiência. Se não, evite.
BIG em horário de rush, nunca mais!