25 de jan. de 2012

30 horas sem luz: uma saga de sobrevivência

Oi genteemmmm! Apareci! E apareci para contar para vocês uma história que tem altas doses de DRAMA e sofrimento. De verdade. Se você tem paciência para ler tudo, vem comigo. Senão, aqui vai um resumo: fiquei 30 horas sem energia elétrica. É, pode ir embora agora.
Um beijo se você continuou lendo. Vamos nessa? “Sim, vamos” – vocês dizem, começando a ficar de saco cheio de tanto xalalá. Tá, foi.
Vou começar a história lá na sexta-feira – não a última que passou, a anterior. Láaaaa na sexta-feira 13 eu tinha uma formatura para ir. Como eu trabalho muito, acabei chegando tarde em casa e só tive 20 minutos para tomar banho + me vestir + arrumar o cabelo + passar maquiagem. Quem é mulher (e até quem é homem) sabe que esse tempo não é o bastante para uma garota ficar produzida para uma festa tão importante como uma formatura. Fiquei traumatizada com o ocorrido e resolvi que na formatura que eu iria no sábado seguinte, dia 21, eu começaria a me arrumar MUITO cedo. E foi essa decisão que me salvou.
Eu ia sair de casa às 8 da noite. Então fiz as contas e comecei a me arrumar às seis horas – a festa seria phyna e eu queria fazer um make e cabelo mais elaborado. Quando eu estava no meio da minha arrumação, começou a chover. Temporal. Granizo. Tempestade de raios. A luz lá de casa começou a piscar quando eu já estava quase pronta. No momento que coloquei o último grampo no cabelo, ROUMMMM, foi toda a luz embora. Fui para a sacada do apartamento. Minha família estava toda lá olhando para o transformador de luz. Estava saindo faíscas dele, até que ele simplesmente EXPLODIU. Deu um barulhão, eu e minha vó até soltamos gritinhos. Daí fui para a cerimônia da formatura, depois para a festa do Pedro. Nesses lugares tinha luz, tinha gente bonita, tinha bebida, tinha glamour. Se vocês querem ver as fotos, basta clicar aqui. Estava tudo tão legal que nem lembrei da falta de luz, até que cheguei em casa.
O que aconteceu depois disso foi tão inexplicavelmente fora do comum que até parece um sonho doentio, um negócio inventado. Mas não, foi tudo real.
Eram umas 5 e tantas da madrugada. Comecei a subir as escadas do prédio, meio bêbada e sonolenta, e de repente tive a certeza de que algum monstro ou zumbi estava atrás de mim. Comecei a subir mais depressa os degraus, iluminando o caminho com o meu celular, até que um feixe de luz vindo de uma lanterna bateu na minha cara. Era meu irmão. Meu irmão acordado às 5 da manhã, no corredor do prédio, com uma lanterna. Entrei em casa e minha mãe também estava acordada. Eu perguntei, meio desorientada: “mas o que vocês estão fazendo de pé?”. Lembro que minha mãe disse que eles estavam sendo atacados por mosquitos. Daí lembro de ter colocado pijama, PASSADO REPELENTE e me deitado. De manhã, achei que tinha delirado, mas o pote de repelente estava no lado da minha cama.
Acordei suada, descabelada, com a maquiagem borrando meu rosto todo, as pernas doídas e uma dor de cabeça de ressaca. Desejava com todas as forças um banho morno. Só que não tinha luz. Fui para a casa da minha avó, tomei banho e almoçamos por lá.
E é agora que eu confesso que fugi a tarde toda de casa, do silêncio forçado e do calor insuportável que estava lá por causa da falta de energia. E se você leu tudo até aqui – e eu parabenizo você, leitor persistente – fica sabendo agora que boa parte das 30 horas sem luz foram passadas em um aniversário repleto de risoles e depois dentro de uma sala geladinha de cinema, onde eu fui assistir Dois Coelhos.
Voltei pra casa por volta das 10 da noite, imaginando que a essa altura a luz já teria voltado, eu tomaria um banho refrescante, ligaria o ar condicionado, deitaria na minha cama e ficaria lendo bons livros até o sono maroto me pegar de jeito. Mas não, né. Cheguei na frente de casa e tinha meia dúzia de vizinhos – incluindo meus pais e meu irmão – sentados na frente do prédio, iluminando a completa escuridão com lanterninhas. Enquanto isso, os caras trabalhavam lá nos cabos de luz e em todos esses negócios. Levou um tempo, até que – TCHANÃAAAM – voltou a luz. Daí eu corri pro chuveiro, pro ar condicionado, pra cama, praquela coisa toda.
Mas tudo isso, como sempre, serviu de aprendizado. Aprendi a dar valor para a luz, algo que a gente está tão acostumado a ter. Como faz falta, gente. Um ventiladorzinho amigo, uma musiquinha no rádio, internet – até abrir a geladeira eu tinha que evitar, pra deixar as coisas lá de dentro conservadas no pouco ar refrigerado que tinha lá dentro. Foi tenso, mas eu sobrevivi.
E vocês, já passaram por coisas assim?
E antes de terminar, uma pergunta para o próximo post: você prefere Toddy ou Nescau? Até a próxima!

6 comentários:

  1. Coisa legal é que vc não mora no Rio de Janeiro. Hoje foi o dia mais quente da minha vida... Todos os ponteiros da cidade apontando mais de 40º.

    Ficar sem luz é uma das piores coisas que acontecem na minha vida. E isso é bem recorrente já que eu moro em uma das áreas mais cheias de árvores que insistem em cair com qualquer brisa.

    Espero que não se repita tão cedo.

    beijo

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  2. Sem luz é terrível mesmo, sentimos mais falta das coisas quando perdemos, damos mais valor, como diz o clichê.

    Prefiro Nescau, Toddy é genérico.

    Beijo

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  3. Parece que vc atrai as coisas Nicole, nunca vi kkk
    Rachei com o post, tbm ficaria apavorada é como voltar no tempo, vela pra iluminar a noite kkk
    muito complicado, da muita saudade do século 21 passando por isso, tadinha de vc. Beijo

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  4. Antigamente a Nicole colocava a culpa da falta de posts na faculdade, nos livros que ela tinha que ler, etc. Hoje em dia é capaz de inventar uma história de que ficou 30 horas sem luz pra "justificar" o abandono do blog. AHAH
    Cada vez mais, sumindo e sumindo:(

    Mas falando sobre a sua nova pesquisa(?), prefiro Nescau.

    Beijo gurizada safada :*

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  5. Uma vez teve um temporal e caíram duas árvores na esquina da minha casa. Eu fiquei 3 dias sem luz! Sem contar o telhado da vizinha que voou na casa da minha vó que morava minha rua. Foram dias traumáticos.
    Prefiro Nescau.

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