Acordei às 7 horas da manhã. De um sábado. Joguei na garganta um café preto, fumegante e sem açúcar. Vesti uma calça jeans guerreira e um sapato de combate. Passei uma pitada de protetor solar e base no rosto. Amarrei um lenço no cabelo e saí.
Depois de uma pequena confusão na universidade, que teve
final feliz, parti com meus parceiros de desafio com uma câmera profissional,
um microfone de lapela e um tripé debaixo do braço.
Passamos a manhã toda enfurnados em uma reserva indígena
chamada Por Fi, que fica em uma cidade próxima, São Leopoldo. Falamos com
caciques e senhoras que fazem artesanato. Aprendemos sobre espíritos e rituais.
Vimos crianças correndo descalças, sem entender uma palavra do que estávamos
dizendo – mas que mostraram um grande interesse pelas câmeras e equipamentos. Fomos
apresentados a uma cultura que separa as pessoas devido à forma do desenho da
unha – e que já casa os filhos quando eles têm entre 13 e 15 anos. Vimos cães,
árvores, índios dirigindo Chevetes, taquara sendo transformada em arte.
O sol torrou nossa cabeça, as muitas horas de pé cansaram
nossas pernas. Mas foi bom.
E disso tudo aí vai sair um documentário. Ou pelo menos esse
é o objetivo. Aguardem para ver.
Agora eu vou lá estudar para outra prova. É... Quem aqui
nunca gastou um sábado com compromissos única e exclusivamente acadêmicos?
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