A vida anda sorrindo pra mim: eu sou jovem, saudável e tenho total possibilidade de fazer o bem. É por isso que no último sábado eu saí cedo de casa, levando a tiracolo um namorado sonolento, uma térmica gigante de café e um saco de rosquinhas de polvilho, e me enfiei dentro de um trem com destino à Porto Alegre. A missão do dia? Doar sangue.
Como eu já comentei aqui, o pai de uma amiga minha vai
precisar fazer um transplante duplo, e por isso precisa de 50 doadores de
sangue. Pois é, eu fui fazer a minha parte.
Preciso dizer, antes de qualquer coisa, que gostei bastante
da organização lá na Santa Casa. Ao entrar no recinto, pega-se uma fichinha
numerada. Logo seu nome já é chamado. Então faz-se um pequeno cadastro, com
direito a foto. Nesse momento, um pequeno parêntese. (A moça do cadastro perguntou
se eu era casada. Eu disse que não, que era solteira – porque na minha cabeça,
nesses cadastros aí você põe que é casado ou solteiro, não é? Só o Facebook que
permite mais opções e tal. Enfim. Disse que era solteira. E depois Vitor veio
me dizer que havia dito que tinha uma companheira – e ainda apontou pra mim. A
pobre tia do cadastro deve ter ficado confusa... Mas ok, continuamos o texto. Fecha
parênteses). Depois do cadastro, você senta um pouco e aguarda. Depois, é
chamado em outra sala, dessa vez para responder uma bateria de perguntas.
- Você está gripado?
- Você tomou café da manhã? Que hora?
- Já fez algum transplante? Já precisou de transfusão de
sangue?
- Namora há mais de 6 meses?
- Usa drogas? Fez tatuagem? Teve alguma doença sexualmente transmissível?
Acha que está apto a doar sangue?
Etc, etc, etc.
E eu lá: NÃO. SIM. NÃO. NÃO. NÃO. NÃO. NÃO. NÃO. N ops SIM.
Deeeeeepois, volta-se para a sala de espera. Depois de um
tempo a função toda começa (que eu acho a parte mais legal. Se você tem medo de
agulhas e afins, não é tão legal assim). Você vai para uma salinha, e uma tia
simpática mede sua pressão (11 por 7), sua temperatura (36,7) e pica seu dedo
para pegar uma gotinha de sangue. Esse sangue vai numa maquininha lá, e eu não
faço nem ideia da função dela. Então, ok, hora de dar seu sangue pros outros.
Nicole deita numa cadeira. Vem o cara simpático e espeta o
braço dela com um agulhão. Nicole se concentra em outras coisas. Qualquer coisa,
qualquer coisa que mantenha a cabeça longe do que está acontecendo. Afinal de
contas, é meio medonho saber que tem uma agulha gigante enfiada no seu braço,
enquanto seu sangue sai e vai preenchendo uma bolsinha plástica. Então, quando
for doar, não pense nisso. Pense no lanche que vem depois, na televisão, nos
posts do blog, nas suas unhas. Pense em qualquer outra coisa.
Porque na verdade, doar sangue não dói absolutamente nada –
tirando a parte da primeira espetada da agulha.
Então depois é hora de comer um lanche, encher o corpinho de
líquidos e ser feliz! =)
Viu que lindo? Quero doar de novo e de novo e de novo - e
continuar doando enquanto eu puder.
Tá, agora vou lá, porque essa tarde de sexta-feira tá cheia de trabalho! FUI!
Tá, agora vou lá, porque essa tarde de sexta-feira tá cheia de trabalho! FUI!
Oi!
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de doar sangue, principalmente pelo fato de meu tipo sanguíneo ser O-. Aqui em São Paulo sempre tem campanhas pedindo por sangue. Infelizmente(ou felizmente, depende de quem estiver opinando né uahauah), peso 47 kgs e sei que não é suficiente para doação :/ Quem sabe se meu metabolismo permitir o ganho de apenaasss três quilinhos logo, eu não vá lá doar :D
Bjs!