Se tem uma coisa que eu não gosto é quando abraço uma pessoa e ela fica com o corpo mole. Sabe pessoa que não retribui abraço? Pois é. Isso aconteceu esses dias – não vou citar nomes, cada um sabe o tipo de abraço que dá. Enfim, é estranho. Você envolve uma pessoa com os braços e ela simplesmente fica lá, prostrada, sabe? Sem reação.
Não sei vocês, mas eu abraço com gosto. Apertado. Com direito a palminhas nas costas da outra pessoa. Porque um abraço envolve sentimento, e quando você faz alguma coisa com sentimento, a ÚLTIMA coisa que vai fazer vai ser ficar sem nenhuma reação.
E existem inúmeros tipos de abraços. Abraços de aniversário, enquanto você bate nas costas da pessoa e ainda deseja para ela muitas felicidades e tudo de bom. Abraço de alegria, parabenizando, vibrando mais uma conquista. Abraço de consolo, quando alguém está triste e procura um pouco de conforto nos braços de outra pessoa. Abraço de reencontro, abraço de amigo bêbado, abraços, abraços, abraços.
E fica a pergunta: em que situação uma pessoa pode abraçar mole? Não, gente, não existe. Se você faz isso, é hora de mudar. Quando você abraçar alguém, abrace firme, abrace com vontade. Tipo abraço de urso, sei lá. A não ser que você não goste da pessoa. Acho que ninguém fica abraçando quem não gosta, né?
Conversando com uma colega aqui agora, cheguei ao pensamento: será que algumas não sabem abraçar? Não estão acostumadas com essa demonstração de afeto? Ou o que?
Mas falando sobre molezas em geral, me lembrei de outra coisa irritante: gente que dá aperto de mão mole. Você já deve ter passado por isso – ou você pode até ser, inclusive, uma dessas pessoas que DÁ aperto de mão mole. Você vai apertar a mão de alguém e a pessoa não firma a mão, não aperta a sua. Poxa, só de pensar nisso já me dá nos nervos!
Quando eu trabalhava na livraria, uns dois anos atrás, tinha um representante de alguma editora que ia seguido lá falar comigo – e sim, ele tinha um aperto de mão mole. Na primeira vez que isso aconteceu, pensei que fosse um fato isolado. Vai saber, né, ele poderia estar com algum tipo de DOR. Whatever. Isso aconteceu de novo, e de novo, e de novo. E cada vez que ele chegava eu já pensava “ah, não, vou ter que passar por aquele momento BIZARRO de novo”. E ele vinha com o aperto mole – ou a total ausência de aperto. Eu, por outro lado, baixava a Rosa Palmeirão que vive escondida em algum lugar desse corpo reclamão e apertava a mão dele com ódio. Tipo desejando quebrar os dedos dele. Só pra mostrar como se faz direito.
E aí, quem é que curte um abracinho molenga? Let’s discuss.