Há algum tempo atrás, zanzando por uma livraria – coisa que faço sempre que possível -, me deparei com o Let There Be Rock – a história da banda AC/DC. Pensei “caralho, meu pai vai AMAR esse livro”. Não era Natal, não era aniversário, não era Dia dos Pais, mas comprei mesmo assim. Entreguei o livro e sim, eu estava certa: ele amou. Tanto é que nos dias que se seguiram só era possível ver um pedaço do rosto do patriarca da família Dias – escondido por trás da capa preta com um cara suado.
Então o tempo passou, veio meu aniversário e eu me vi rodeada por 12 (isso, você leu certo, DOZE) livros novos. Naquele pânico e ansiedade de decidir por qual ler primeiro, fiz o óbvio: escolhi um livro que não estava entre os 12. É, isso mesmo. E ok, isso não é óbvio, é uma coisa bem estranha e típica de Nicole. Mas eu vi o do AC/DC parado lá junto com os outros e pensei “é tu”. E peguei ele para ler, junto com o finalzinho do terceiro da trilogia Millenium e mais um bobinho de menininha – sim, eu sou do tipo que lê vários livros ao mesmo tempo.
E pronto, foi, viciei. Viciei nos irmãos Young, que já se agarravam nas guitarras antes de saber ler. Viciei em Bom Scott, sua ousadia e sua genialidade para escrever letras de duplo sentido. Viajei em turnês intermináveis, ri de histórias engraçadas, escutei as músicas um ziguilhão de vezes, olhei todos os clipes. Fiquei triste com a morte inesperada do primeiro vocalista e simpatizei com o medo do segundo, de assumir o posto. E me arrepiei com o retorno triunfal da banda, depois de muitos anos sem lançar nenhum álbum. Foi aí e que me dei conta que estava lendo em voz alta os mesmos trechos que o meu pai tinha lido. E tive que escutar um colega falando que "a Nicole andava viciadinha em AC/DC". É, verdade.
É claro que eu poderia puxar esse post para um lado cabeça e passar toda uma lição do tipo “veja só as oportunidades que você perde quando tem preconceito com as coisas...”, mas eu não sou chata, então não vou fazer isso. apenas digo para vocês: leiam, leiam esse livro. Se vocês não curtem o som do AC/DC, vão achar que é apenas mais uma história de uma banda qualquer. Mas se você gosta... Por favor, leia.
Ou então me conta: qual biografia você leu e amou? Tem alguma para me recomendar? Ou você é do tipo que não curte biografias? Me conta! E aguarde o post sobre o meu novo vestidinho de bolinhas, sobre o Planeta dos Macacos e sobre o meu instinto maternal.
P.S.: Nicole Dias escreveu esse post ao som de Who Made Who e Jailbreak.