Se tem uma coisa que me deixa empolgada é ir ao cinema. Adoro
todo o processo do comprar ingressos e pipoca, a expectativa de que comece
logo, as luzes apagando e o barulho de refrigerantes abrindo por toda a sala...
Ok, talvez sem a parte do barulho dos refrigerantes. Se eu começar a falar de
coisas que me deixam irritada no cinema, esse post perderia totalmente o foco
inicial dele - e ficaria enorme, já que eu sou a pessoa mais chata do universo.
Vamos focar na parte de “eu amo ir ao cinema”, ok?
Fazia tempo que eu não ia, porque a programação das cidades
mais próximas estava cheia de filmes adolescentes, dublados ou nacionais – e eu
prefiro ficar em casa jogando The Sims do que ter que optar por qualquer um
desses. E então lançaram, em uma sexta-feira 13, um filme chamado Invocação do
Mal.
- Dois ingressos para Invocação do Mal, por favor.
Peguei com as mãos tremendo. Comprei pipocas enormes e um
copo de Coca-cola maior ainda - em caso de terror supremo eu me distrairia com
a comida, oras! Nos sentamos em um lugar bem central, já que o amigo não queria
perder uma parte sequer. Ele, na verdade, parecia estar com uma estranha
satisfação em me ver apavorada – visto que ele é fã de filmes do gênero e já
tinha assistido muitas produções aterrorizantes na telona.
As luzes apagaram, os trailers começaram e eu já tirei um
casaco de dentro da bolsa – trazido com a clássica desculpa “é muito frio
dentro do cinema”, sendo que obviamente o meu objetivo era me esconder atrás
dele.
Enquanto isso, o amigo me explicava táticas para não levar
sustos. Prestar atenção na música, tentar ignorar ela, entoar mantras mentais
dizendo “eu sei que vai dar merda, não vou me assustar”. Só digo que ao longo
do filme essas coisas não deram muito certo – nem pra mim e nem pra ele.
Não vou falar muito sobre o filme, até porque 1) eu
recomendo que vocês olhem 2) esse não é um blog com resenhas ou sinopses de
cinema. Enfim, trata-se de uma
história baseada em fatos reais, de um casal que nos anos 70 exorcizava,
espantava bruxas, falava com espíritos, investigada casas mal assombradas e etc
etc.
Me deixei envolver pela história, mas quando eu via que ia
ficar com medo ou que algo meio sinistro ia acontecer, eu escondia minha cara
atrás do casaco. O amigo tentava fazer com que eu olhasse, mas eu evitava. Olhava
para ele, para a pipoca, para os sinais luminosos da saída de emergência.
Eu outros momentos acontecia o contrário. Eu sabia que ia
acontecer alguma coisa, mas estava preparada e continuava assistindo. Nisso, o
amigo tentava tapar meus olhos com as mãos, sussurrando um “não olha, vai ser
feio”. Mas eu queria ver, então rolava uma mini-luta entre a gente nessas
horas.
Confesso que em algumas horas eu até esquecia que o filme
era de terror, e me pegava com pensamentos de como as casas dos anos 70 eram diferentes,
como as pessoas ficavam desesperadas em situações de emergência – sem celular
nem nada -, e, claro, como a Vera Farmiga é elegante. Usaria cada um daqueles
penteados elaborados. É, misturo pavor com ideias de beleza. Sou dessas.
Gosto de olhar as outras pessoas pelo cinema, e nos filmes
de terror isso é bem bacana. A sala estava repleta de casais e em praticamente
todos eles as mulheres estavam encolhidas e agarradas nos braços de seus boys. Cadê
a nossa força e independência, mulherada? Haha.
Então o filme acabou, as luzes acenderam. As pessoas
começaram a sair do transe apavorante em que estavam, praticamente coladas nas
poltronas. E eu percebi que adorei cada minuto da experiência. O medo e o
suspense são coisas que fizeram eu me sentir viva! Mãos suadas, frio na
espinha, reviravoltas, adrenalina, tranquilidade e tensão. Um mix de sensações
em pouco menos de duas horas!
Sou a mais nova apaixonada por terror que existe – e quando
outros entrarem em cartaz, podem me avisar. Ou me pagar ingressos, já que o
preço do cinema é outra daquelas coisas que me deixam irritada.
Nicole, quando li o título, achei que vc tivesse feito um filme de terror... acredita? A primeira foto, na parte de baixo, parece vc. Hehehe. Legal o post! Parabéns. Beijos.
ResponderExcluirPior que lembra mesmo! hauheuahe Sou uma pessoa muito "clonável"!
Excluirpreciso ver! adoro essa atriz. Ela estava sensacional em Bates motel!!!
ResponderExcluirAcho ela linda! ^^
ExcluirPensei a mesmíssima coisa do comentário aí de cima hahahahah
ResponderExcluirMas well done, Nicole! Experiências novas são sempre bem vindas. Fiquei com vontade de assistir o filme, sendo que não sou muito fã do gênero. Ao contrário de você, cresci assistindo MUITO Cine Trash da Band, e meio que acho tudo cliché e previsível hahaha Já é a segunda crítica que leio falando bem, então esse deve ser bem punk! Anotarei!
Beijos!
Opa, pode me indicar alguns filmes legais? Tô doida pra conhecer mais coisas do mundo do terror. Bjs
Excluir