Sento em frente do computador e lá está você, por trás
daquela bolinha verde do chat do Facebook. Gosto de pensar que você está em
casa, no sofá. Com um cachorro deitado perto e uma xícara de café esfriando do
lado – assim como eu, você também gosta da bebida.
Penso em te chamar. Clico na janelinha e resolvo deixar pra
lá. Dizer um oi não basta quando a vontade é maior. É de correr na chuva junto,
um rindo da cara do outro. É te dizer todas as coisas que sempre tive vontade,
e perguntar tudo o que eu sempre quis saber. Já chorou com algum filme? O que
tu quer fazer daqui um ano? E três? E vinte? Já se perdeu no meio do shopping? E
quando vejo, perdida estou eu me lembrando dos seus olhos.
Quero sair por aí sem avisar, com você como meu copiloto – porque
nos sonhos sou eu que dirijo sempre. Quero desenhar sorrisos nos teus joelhos,
pra gente dizer que é o Ozzy Osbourne e não está sozinho nunca. Quero descobrir
onde você sente cócegas, por mais que você diga que não sente nadinha. Te fazer
ver que as coisas podem ser boas e que a gente não precisa ter medo de
arriscar. Tanta coisa se ao menos tudo fosse diferente de como está.
Só que daí eu lembro que nada disso vai acontecer enquanto
você continuar sendo apenas essa bolinha verde no meu chat do Facebook.
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