Nesse final de semana assisti dois episódios do documentário
Chef’s Table, produção do Netflix. Como o nome talvez possa sugerir, ele mostra
um pouca da vida e da obra dos chefs de cozinha mais famosos, estrelados e
hypados do mundo inteiro. Assisti ao primeiro episódio da primeira temporada,
com o chef italiano Massimo Bottura, e o segundo episódio da segunda temporada,
que traz o brasileiro Alex Atala.
Achei os dois episódios que vi maravilhosos. As imagens são
lindas, a trilha sonora é impecável e a vida de ambos os chefs, embora bem diferentes,
traz momentos iguais: eles eram inovadores demais para as pessoas da região e
por muito tempo (anos e anos) ficaram com seus restaurantes vazios, até que
alguma pessoa influente no mundo gastronômico deu um voto de confiança e o
sucesso começou. Tanto pra Bottura como para Atala aconteceu dessa forma.
Eu amo essas coisas de culinária, chefs, sous chefs, cozinhas
de aço inoxidável, a busca pelos ingredientes perfeitos. Amo os filmes, amo as
séries, amo os livros – tanto que estou lendo (pela segunda vez) o livro “Sangue,
ossos e manteiga”, da chef Gabrielle Hamilton. Talvez eu tenha tido um bistrô
francês em alguma vida passada, vai saber.
Mas esse post não é sobre a série, embora eu esteja curtindo
e vá já já assistir aos outros episódios. Esse post é sobre o que aconteceu
depois que eu assisti e resolvi pesquisar mais sobre o D.O.M. (Brasil) e o
Osteria Francescana (Itália), os lugares que apareceram no documentário e que pertencem
aos chefs.
O que eu descobri é que um prato assim como esse
custa 60 euros, o que podemos calcular como mais de 200
reais.
Já no restaurante do Alex Atala a única opção atual é um
menu degustação, onde a pessoa paga 500 reais e come uma sequência de pratos
nessa vibe:
Sim, é uma bolinha de merengue e uma formiga dourada em cima.
Eu valorizo muito o trabalho de quem entende do assunto. O chef
italiano faz a massa caseira, busca o melhor queijo, procura dar um ar de
vanguarda para os tradicionais pratos da nonna. Já Alex Atala busca colocar ingredientes
100% brasileiros nas suas produções, e ele vai lá na Amazônia e na Mata
Atlântica pra comprar direto com produtores. Tem uma cena bem legal dele
tirando as escamas e cortando um peixe gigante até deixar só o pedacinho que é
servido. O que eu quero dizer é que ambos (e imagino que todos os outros chefs
do documentário também) manjam do assunto.
Mas o que eu nunca vou entender é COMO as pessoas vão nesses
restaurantes, comem essas porções irrisórias, pagam esses montes de dinheiro e
depois NÃO MORREM DE FOME.
Elas comem em casa primeiro e vão para o restaurante? Ou elas
saem de lá e vão direto pro xis podrão mais próximo? Pedem uma pizza? Porque não
venham me dizer que aquela porção de massa ali de cima (ou Spaghetti Rummo alla
Cetarese, para sermos chiques) tapa o buraco do estômago de uma pessoa na hora
do almoço. Até a dieta que minha nutricionista deu tem mais carboidrato que
isso ali.
Então fica aqui o meu questionamento: vocês já foram nesses
restaurantes de alta culinária? O segredo é comer um sanduíche de mortadela
antes ou algo assim? Ou a ideia é comer 5 pratos de quase nada, mais um
merenguinho com formiga, e deixar por isso mesmo? Me contem! E assistam Chef’s
Table porque é bem legal :D
Oiiiee, entendo perfeitamente tua dúvida e realmente não tapa o buraco do estômago, eu mesmo formado tendo todo embasamento teórico e sabendo tudo que está por trás do prato em si não me saciaria. Mas assim esses tipos de restaurantes 5 estrelas e de alta gastronomia não tem o mesmo intuito de uma Austrália lanches, o intuito deles é propor uma experiência de alta gastronomia, ou seja tu não vai lá pra jantar ou almoçar e sim para viver uma experiência gastronômica diferente ex: comer a formiguinha dourada HUAHSAUHSUAHSH! BEJOOOOOOS
ResponderExcluir